terça-feira, 30 de março de 2010

Terapia com Peixes

       
        Este é um tipo de terapia um pouco diferente, pois esta TAA não é específica para pessoas com qualquer tipo de doença, mas sim para indivíduos que sofram de Psoríase.

O que é a psoríase?

        A psoríase é uma dermatose frequente, geneticamente determinada, que consiste essencialmente na renovação exagerada da epiderme por multiplicação das células espinhosas. As lesões são, em regra, de contornos bem limitados e localizam-se preferencialmente nas superfícies cutânea e no couro cabeludo. As lesões são em regra assintomáticas, mas quando secas e fissuradas podem ser dolorosas. Quando os efeitos da psoríase se manifestam com grande intensidade pode-se requerer a hospitalização do paciente.
        A Psoríase para além de ser uma doença crónica e persistente tem grandes probabilidades de ser herdada geneticamente, isto é, os pais podem transmiti-la aos filhos. No entanto, esta patologia não é contagiosa.

        A primeira descrição de psoríase é atribuida a Celsus (entre 25 anos a.C. e 45 anos d.C.), mas talvez Hipócrates, 400 anos a.C. já se tenha referido à psoríase sob a designação de psora, termo grego que designa prurido e erupção descamativa. Esta dermatose esteve durante 18 séculos ligada à lepra, sendo os doentes marginalizados. Só a partir de 1840 é que as duas doenças foram verdadeiramente separadas e referidas as características histológicas próprias da psoríase.

        O tratamento desta doença não se limita só a medicamentos, mas também a terapeutas muito específicos: os peixes. Pelo menos é uma forma de diminuir as consequências desta doença. No entanto, esta terapia não é aprovada por todos os médicos e existem divergências quanto à sua eficácia. Esta invulgar terapia ganhou especial divulgação devido às termas paradisíacas onde o tratamento é feito – as termas de Kangal, na Turquia.

Em que consiste esta terapia?


        Cyprinion macrostomus e Garra Rufa são os peixes milagrosos, que têm entre 2 a 10 cm de comprimento, utilizados no tratamento da psoríase.
        Estes peixes, sem dentes, limpam as feridas sem provocar qualquer dor ou ferimentos, tornando a pele macia. É necessário tomar 3 banhos por dia e ficar cerca de duas horas em cada um deles para garantir o melhor resultado. É ainda necessário beber desta água termal de estômago vazio directamente da nascente.
        Este tipo de tratamento não tem quaisquer efeitos secundários e não é necessário tomar qualquer tipo de medicamentos. Esta nascente termal trata, para além da psoríase, outros tipos de doenças de pele, reumatismo, desordens nervosas, fracturas e doenças de rins. A temperatura da água termal está entre os 36-37º, igualando a temperatura do corpo, estando sempre limpa, sem odores e sem sedimentos.

        O vídeo que se segue diz respeito à psoríase. Neste vídeo é explicada o que é a psoríase, mostra algumas imagens e expõe algumas dicas para lidar com a mesma: http://www.youtube.com/watch?v=C7a4gq_3BvU

Cão robot

       
        Os japoneses, sempre inovadores, criaram um cão robot que pode melhorar a comunicação e a interacção com idosos.




        Baptizado de Inud (ou Dream DX Robot Dog), este cão-robot da SegaToys responde a toques, carícias, comandos de voz e até segue o seu dono, como um cão de verdade!
        Ele mexe os olhos, a boca, cabeça, cauda, enfim… Imita perfeitamente os gestos de um cão de carne e osso, de forma bem realista!

        Esta criação possibilitará a presença destes cães-robot nos hospitais, lares de idosos, entre outros, sem qualquer receio destes transmitirem algum tipo de doenças aos pacientes, mas o preço deste cão-robot é muito elevado e além disso, não se sabe se os robot são tão eficientes quanto os animais de verdade na interacção com os pacientes.

        O vídeo que se segue mostra como este cão-robot interage com um ser humano:
http://www.youtube.com/watch?v=_3wBPEDDBTU&feature=player_embedded

Primeiro cão certificado para surdos em Portugal


        Sabias que em Portugal já foi entregue o primeiro cão certificado para surdos?


       Armando e Glória Baltazar, residentes em Valongo, receberam no dia 20 de Abril de 2008 a cadela Lana, raça Pekinois. A cerimónia foi realizada na Quinta do Côvo em Oliveira de Azeméis.


        O primeiro cão para surdos, educado pela Ânimas (Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social), foi entregue a um casal de surdos profundos. De acordo com a presidente da instituição com sede no Porto, Liliana de Sousa, a cadela foi educada durante sete meses.

        Após o treino, a cadela ficou em condições de identificar, chamar, indicar fontes sonoras, como o micro-ondas, a campainha da porta ou um alarme de incêndio.
        Segundo a presidente da Ânimas, os cães para estas funções podem ser de qualquer raça desde que “não tenham menos de sete meses, possuam um temperamento não agressivo e tenham uma sensibilidade auditiva média”.
        O presidente da Associação de Surdos do Porto (ASP), Ângelo Costa, defende que o Estado deve comparticipar “na base das ajudas técnicas” os interessados em adquirir cães de assistência a surdos. “É um passo importante para uma maior autonomia das pessoas surdas, em especial nos locais públicos onde a sinalização - sobretudo a de alarme - ainda é maioritariamente sonora”, salientou o presidente da ASP.


A cadela que “fala” com surdos

        Quando a campainha toca a Lana salta para as pernas dos donos dando sinal que está alguém à porta. Reagindo aos sons da campainha, do alarme de incêndio e do micro-ondas, a cadela avisa, da forma como foi instruída, qual o motivo do seu sobressalto, escreve Fernando Pinho da agência Lusa.
        Lana é o mais fiel amigo de Armando e Glória Baltazar. “Vamos ter uma maior autonomia em todas as nossas actividades, porque a Lana vai dar-nos mais segurança, quer em casa quer nas muitas deslocações que fazemos”, afirma Armando, reformado bancário de 57 anos.
        Educada por Hugo Roby, técnico da Ânimas, a Lana, que já vivia com o casal há dois anos e meio, reúne as características para as novas funções. “Um cão para este tipo de assistência tem que ter um grande equilíbrio auditivo, não se assustando com os sons, mas não lhes ficando indiferente”, explicou o instrutor. Testes de carácter, sensibilidade auditiva e grau de agressividade são fundamentais para seleccionar um cão adequado a este serviço.
        A Lana tem esse perfil e, por isso, “a adaptação está a ser fantástica, pois a cadela é muito inteligente e sensível”, frisou Glória, funcionária de uma instituição bancária de 56 anos.
        Com boletim e certificado, a cadela tem obrigatoriamente que ter um colete com a inscrição “cão de assistência”, o que lhe permite circular em espaços públicos.
        “Estamos imensamente felizes, porque quisemos ser pioneiros e servir de exemplo à comunidade surda”, afirmou Armando Baltazar, esperançado que outros sigam este exemplo e convicto da compreensão da sociedade quanto ao uso destes cães.
        Cerca de um ano após o casal ter contactado a Ânimas através da Associação de Surdos do Porto candidatando-se a ter um animal educado para este tipo de apoio, Armando e Glória Baltazar receberam de braços abertos a Lana, agora já treinada como cão de assistência.

        O vídeo que se segue tem como tema os cães de assistência, sendo também apresentado o caso deste casal: http://www.youtube.com/watch?v=5OvOu4kQqRM

Benefícios da TAA em pacientes com Alzheimer

       
        Um estudo de dezembro de 2003, relizado nos Estados Unidos com 15 portadores de Alzheimer revelou uma surpreendente melhoria na interação social e na agitação dos pacientes com a terapia assistida por animais (TAA).
        Acredita-se que a presença do animal mude o humor e exercite a memória.
        As sessões foram iniciadas com um diálogo com as pesquisadoras, onde foram feitas perguntas aos idosos sobre o encontro anterior, já que se sabe que os pacientes com doença de Alzheimer perdem a memória para factos recentes. De forma surpreendente os pacientes, na maioria das vezes não se recordavam da pesquisadora, mas não se esqueceram dos cães e lembraram-se até mesmo dos seus nomes.


        O acto de lançar uma bola para os animais buscarem já representava uma actividade física importante para os idosos. Os cuidados com os animais, como escovar o pêlo, também ajudaram na fisioterapia e na coordenação motora.
        O trabalho perdurou por um ano e os familiares de alguns pacientes revelaram que estes passaram a cuidar melhor da aparência e apresentavam temperamento mais alegre - facto importante pois a tristeza é uma marca muito grande desta doença.

        Este tipo de terapia apresenta ainda alguma dificuldade de aceitação por parte de alguns médicos, principalmente pelo receio de que a presença de animais nos hospitais possa representar um vector de transmissão de doenças.

TAA auxilia pacientes oncológicos

       
        Actualmente reconhece-se que o contacto com animais tem bastantes benefícios para o ser humano, sendo estes já frequentemente utilizados como apoio em tratamentos médicos, fazendo inclusivamente visitas a hospitais, principalmente nos Estados Unidos.

        Esta actividade terapêutica é designada por Terapia Assistida por Animais (TAA), sendo já identificados muitos dos seus benefícios. Está provado cientificamente que os animais contribuem para o aumento do bem-estar das pessoas que com eles contactam, bem como para a diminuição do stress. Para além disso, têm a capacidade de descontrair o ambiente, melhorando o humor das pessoas: a presença de animais proporciona uma maior tendência para sorrir – tanto às crianças, como aos adultos, o que é benéfico para o seu tratamento pois ‘‘rir’’ enche o sangue de endorfinas (um calmante natural) que, além de amolecer o corpo, fortalece o sistema de defesa do organismo, contribuindo para uma mais rápida recuperação. No entanto, a terapia com animais não promete a cura das doenças, mas promove benefícios físicos e mentais comprovados.

        Também relativamente a pacientes diagnosticados com cancro, o uso desta terapia é benéfica: verifica-se que pacientes de oncologia reduzem o consumo de analgésicos quando submetidos à TAA como terapia complementar do tratamento.

        Os animais mais utilizados são os cães (Golden Retriver e o Labrador), mas no fundo qualquer animal pode ser terapeuta, desde que seja dócil, saudável e bem treinado, não devendo reagir mal face a situações inesperadas.

        Apesar do cepticismo da maior parte das pessoas, a aceitação da TAA por parte da comunidade médica tem vindo a aumentar progressivamente.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um pouco mais … sobre Terapia Assistida por Animais (TAA)

       
        Como já referimos-mos a Terapia Assistida por Animais (TAA) consiste no uso de animais como auxiliadores em diversos tipos de tratamentos, sejam doenças de fundo psicológico, neurológico ou motor.
        Normalmente, existem organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham com a TAA. Mas isso não quer dizer que uma empresa não possa criar uma acção social relacionada à terapia, mantendo uma actividade constante com visitas em asilos, creches, escolas e orfanatos. Essas acções sociais são geralmente conduzidas por grupos de voluntários. São os momentos de alegria das pessoas beneficiadas que pagam o trabalho.

        Segundo um estudo realizado em 2001 pelas enfermeiras Cíntia Kawakami e Cyntia Nakano, para que a TAA seja bem feita, é obrigatória a presença de um médico veterinário responsável. O médico veterinário é parte fundamental da TAA, uma vez que mantém os animais sempre saudáveis, pois sabemos que existe uma grande variedade de doenças transmissíveis ao homem. Além disso, o profissional é capaz de avaliar o comportamento do animal durante a manipulação, evitando assim qualquer acidente ou stress desnecessário para o animal.

Tipos de animais

        Podem ser utilizados todos os tipos de animais que podem entrar em contacto com os seres humanos sem oferecer perigos imediatos, isto porque a TAA funciona muito melhor se os animais que participam puderem ser tocados. Ainda assim, isso não impede que peixes sejam óptimos participantes, assim como os gatos, coelhos, tartarugas, chinchilas, hamsters, furões e pássaros. Até mesmo animais menos convencionais também podem ser muito úteis numa TAA, como a iguana, por exemplo. O cão, ainda é o principal animal utilizado nessas terapias assistidas em razão de sua conhecida afabilidade com as pessoas e por poder ser facilmente educado. O cão é capaz de criar respostas positivas ao toque, possuindo grande aceitação por parte das pessoas.
        É claro que não é qualquer animal, um encontrado na rua por exemplo, que pode ser usado em sessões de TAA. O principal requisito é que estejam com uma saúde plena e com todas as vacinas em dia. Além disso, são escolhidos entre os mais sociáveis com pessoas estranhas e que saibam conviver junto com outros animais sem problemas.
        Também são preferidos animais nem tão jovens e nem tão velhos, pois os jovens podem ser muito afoitos e os velhos cansam-se com mais facilidade.

Benefícios

        Entre os benefícios que se pode obter com a TAA estão:
        -» Exercícios fonoaudiólogos eficientes, pois os pacientes podem chamar os animais ou conversar com eles. Existem casos de pacientes que voltaram a falar com a ajuda da TAA;
        -» Exercícios de coordenação motora, já que acariciar, pentear ou atirar uma bola para que o animal a busque são recorrentes durante a terapia. Isto também ajuda a controlar o stress, diminuir a pressão arterial e até mesmo reduzir os riscos de problemas cardíacos;
         -» Com um animalzinho, o paciente distrai-se tanto que acaba por ter a sua percepção de dor diminuída e mesmo aquela ansiedade possa sentir desaparece;
        -» Estudos mostraram que o convívio com o animal diminui a necessidade de medicamentos e que os pacientes que cuidavam de animais saíam mais cedo dos hospitais que aqueles sem convívio animal;
        -» O nível de endorfina dos pacientes aumenta, reduzindo a depressão;
        -» Amenização do clima pesado de um hospital e diminuição da solidão de pacientes internados, melhorando o humor e o convívio social dos doentes;
        -» Relação médico-paciente mais estreita.

        Os milagres que podem acontecer em qualquer uma das sessões de TAA são mistérios ainda não totalmente desvendados pela ciência. Mas certamente podem explicar muito sobre a relação que o ser humano vem tendo, através dos tempos, com os animais. Uma relação que deve ser sempre baseada em respeito, carinho e amor, para proporcionar alegria e bem-estar a todos.