segunda-feira, 29 de março de 2010

Um pouco mais … sobre Terapia Assistida por Animais (TAA)

       
        Como já referimos-mos a Terapia Assistida por Animais (TAA) consiste no uso de animais como auxiliadores em diversos tipos de tratamentos, sejam doenças de fundo psicológico, neurológico ou motor.
        Normalmente, existem organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham com a TAA. Mas isso não quer dizer que uma empresa não possa criar uma acção social relacionada à terapia, mantendo uma actividade constante com visitas em asilos, creches, escolas e orfanatos. Essas acções sociais são geralmente conduzidas por grupos de voluntários. São os momentos de alegria das pessoas beneficiadas que pagam o trabalho.

        Segundo um estudo realizado em 2001 pelas enfermeiras Cíntia Kawakami e Cyntia Nakano, para que a TAA seja bem feita, é obrigatória a presença de um médico veterinário responsável. O médico veterinário é parte fundamental da TAA, uma vez que mantém os animais sempre saudáveis, pois sabemos que existe uma grande variedade de doenças transmissíveis ao homem. Além disso, o profissional é capaz de avaliar o comportamento do animal durante a manipulação, evitando assim qualquer acidente ou stress desnecessário para o animal.

Tipos de animais

        Podem ser utilizados todos os tipos de animais que podem entrar em contacto com os seres humanos sem oferecer perigos imediatos, isto porque a TAA funciona muito melhor se os animais que participam puderem ser tocados. Ainda assim, isso não impede que peixes sejam óptimos participantes, assim como os gatos, coelhos, tartarugas, chinchilas, hamsters, furões e pássaros. Até mesmo animais menos convencionais também podem ser muito úteis numa TAA, como a iguana, por exemplo. O cão, ainda é o principal animal utilizado nessas terapias assistidas em razão de sua conhecida afabilidade com as pessoas e por poder ser facilmente educado. O cão é capaz de criar respostas positivas ao toque, possuindo grande aceitação por parte das pessoas.
        É claro que não é qualquer animal, um encontrado na rua por exemplo, que pode ser usado em sessões de TAA. O principal requisito é que estejam com uma saúde plena e com todas as vacinas em dia. Além disso, são escolhidos entre os mais sociáveis com pessoas estranhas e que saibam conviver junto com outros animais sem problemas.
        Também são preferidos animais nem tão jovens e nem tão velhos, pois os jovens podem ser muito afoitos e os velhos cansam-se com mais facilidade.

Benefícios

        Entre os benefícios que se pode obter com a TAA estão:
        -» Exercícios fonoaudiólogos eficientes, pois os pacientes podem chamar os animais ou conversar com eles. Existem casos de pacientes que voltaram a falar com a ajuda da TAA;
        -» Exercícios de coordenação motora, já que acariciar, pentear ou atirar uma bola para que o animal a busque são recorrentes durante a terapia. Isto também ajuda a controlar o stress, diminuir a pressão arterial e até mesmo reduzir os riscos de problemas cardíacos;
         -» Com um animalzinho, o paciente distrai-se tanto que acaba por ter a sua percepção de dor diminuída e mesmo aquela ansiedade possa sentir desaparece;
        -» Estudos mostraram que o convívio com o animal diminui a necessidade de medicamentos e que os pacientes que cuidavam de animais saíam mais cedo dos hospitais que aqueles sem convívio animal;
        -» O nível de endorfina dos pacientes aumenta, reduzindo a depressão;
        -» Amenização do clima pesado de um hospital e diminuição da solidão de pacientes internados, melhorando o humor e o convívio social dos doentes;
        -» Relação médico-paciente mais estreita.

        Os milagres que podem acontecer em qualquer uma das sessões de TAA são mistérios ainda não totalmente desvendados pela ciência. Mas certamente podem explicar muito sobre a relação que o ser humano vem tendo, através dos tempos, com os animais. Uma relação que deve ser sempre baseada em respeito, carinho e amor, para proporcionar alegria e bem-estar a todos.

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