domingo, 9 de maio de 2010

Visita de Estudo ao Hipódromo do Campo Grande (Tenda APCL)

Pois é... Vai mesmo realizar-se um dos nossos objectivos que tínhamos apontado no inicio deste ano lectivo.

No próximo dia 21 de Maio, eu mais a minha colega Márcia, vamos em conjunto com um grupo de alunos da nossa turma, pois nem todos vão poder ir (nem sabem o que vão perder ihihi :P).

Tudo vai começar com a chegada ao Hipódromo, mais precisamente à tenda da APCL - Associação Paralisia Cerebral de Lisboa. O site deles está presente nas escolhas do nosso blogue, se tiverem interesse em visitar.

Assim, vamos começar por assistir à apresentação de dois cavaleiros (um de pratica de equitação com fins terapêuticos e outro de hipoterapia). Mais tarde, vamos assistir a uma pequena acção de sensibilização dada pelas Terapeutas presentes nesse dia.

Esta actividade terá inicio às 15:00h e acabará às 16:00h, visto que só vai haver um grupo de pessoas, porque houve muitas pessoas que não poderão ir à nossa visita.
Penso que irá ser uma actividade muito interessante e que irá trazer novos conhecimentos a todos os nossos colegas. Todos os visitantes virão para casa com um guião da visita entregue no inicio da visita e um panfleto elucidativo à Terapia Assistida por Animais entregue no final da visita.

Para vocês que nos lêem pela blogsfera e não só, se tiverem dúvidas ou sugestões, é favor coloca-las, porque aqui o que nos gostamos é de ter gente a observar a importância dos nossos amigos mais fieis neste mundo - os animais.

Queremos ainda agradecer todo o apoio que a APCL nos tem dado. A todas as Terapeutas, um GRANDE obrigado!
Márcia e Vânia

sábado, 24 de abril de 2010

Equitação com Fins Terapêuticos - Valência de Hipoterapia

       
        A Equitação com Fins Terapêuticos é uma terapia complementar que utiliza o cavalo como animal co-terapeuta na intervenção com pessoas portadoras de deficiência, sendo uma abordagem que alia os conceitos base da equitação clássica com os fundamentos teóricos da reabilitação, cujos contributos se reflectem a nível cognitivo, motor, relacional e psicossocial.
        A teoria base da Equitação com Fins Terapêuticos é que o movimento pélvico do individuo em cima do cavalo é o mesmo que o movimento pélvico do individuo a andar, causando isto melhorias ao nível orgânico e neuromuscular. O cavaleiro necessita de mover o tronco, os braços, os ombros, as pernas, para manter o equilíbrio, e o cavalo faz com que todos esses movimentos actuem de uma maneira ritmada e progressiva.

        A Equitação com Fins Terapêuticos torna-se assim uma intervenção dinâmica, num ambiente estimulante e descontraído, destinando-se a todos os indivíduos portadores de necessidades especiais, seja qual for a sua idade, desde que não apresentem nenhuma contra-indicação à prática da equitação.

        Nesta abordagem terapêutica o enquadramento nas diferentes valências é realizado tendo em conta os objectivos terapêuticos de cada cavaleiro e a influência que o mesmo tem sobre o cavalo.
        Na Equitação com Fins Terapêuticos existem três valências: a Hipoterapia, a Equitação Terapêutica e a Equitação Desportiva Adaptada, sendo que no nosso projecto iremos focar a Hipoterapia.


O que é a Hipoterapia?

        A valência de Hipoterapia é uma das três valências integradas na Equitação com Fins Terapêuticos. É uma valência muito específica que tem objectivos neuromotores, ou seja, tem objectivos de tratamento motor em termos neurológicos (alterações no sistema nervoso central).
        O profissional que trabalha nesta valência é apenas o terapeuta ocupacional ou o fisioterapeuta, porque são os técnicos de saúde que têm preparação para trabalhar com alterações neurológicas.

        O programa de Hipoterapia é um programa de reabilitação, voltado para as pessoas portadoras de deficiência neuromotora. O paciente/cavaleiro necessita de um guia/líder para conduzir o cavalo e de um ou dois assistentes laterais bem treinados para mantê-lo montado, dando-lhe segurança. A ênfase das acções é dos profissionais da área de saúde precisando, portanto de um fisioterapeuta ou de um terapeuta ocupacional (profissionais com preparação na intervenção neuromotora), a pé ou montado (backriding), para a execução dos exercícios programados.

        A valência de Hipoterapia baseia-se na transmissão dos movimentos do cavalo ao cavaleiro para que estes o influenciem na melhor forma, de modo que ambos (cavalo-cavaleiro) consigam executar vários exercícios.

        O cavalo possui três andamentos: o passo, o trote e o galope.
        O passo é o andamento mais utilizado na valência de Hipoterapia, pois a passo a anca do cavaleiro move-se em todas as direcções (movimento tridimensional).

Tipo de Patologias com Indicação para a Hipoterapia

        Os objectivos da valência de Hipoterapia são neuromotores e como tal destina-se a alterações do foro neurológico, temos como exemplos:
-» Paralisia Cerebral;
-» Espinha Bífida;
-» Esclerose Múltipla;
-» Lesões Verto Medulares;
-» Traumatismos Cranianos;
-» Sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral);
-» Epilepsia.

Benefícios da Hipoterapia

        Os benefícios desta valência terapêutica são motores.
        Não se anula completamente os problemas associados às patologias referidas anteriormente, mas a valência de Hipoterapia pode auxiliar o paciente/cavaleiro a conseguir utilizar o seu corpo de uma forma mais adequada. Algumas competências conseguem ser adquiridas pelo cavaleiro, outras têm de ser compensadas por competências que não foram “desaprendidas”. Como exemplos de benefícios temos:
-» Aumento do equilíbrio do indivíduo;
-» Rectificação da postura;
-» Maior coordenação de movimentos;
-» Maior controlo da cabeça e tronco;
-» Estimulação de reflexos (Reacções de extensão protectiva);
-» Normalização do tónus muscular.


        Este género de actividade terapêutica consiste em algo diferente da maioria das terapias convencionais, na medida em que o paciente interage e participa no seu próprio tratamento, não se limitando apenas a recebê-lo de forma passiva e estática, o que, por sua vez, poderá ser um aspecto bastante importante no que respeita ao grau de eficácia do processo.
        Os cavalos não possuem as mesmas capacidades, experiência e poder de cura que um médico especializado apresenta. Porém, devido ao seu afecto, amor incondicional e características físicas, o relaxamento e a estabilidade, o aumento da auto-estima e da valorização do próprio cavaleiro poderão surgir após e durante esta interacção.
        O contacto do cavaleiro com o animal, a afectividade e o estabelecimento de uma relação de cumplicidade e amizade entre os dois faz parte da Hipoterapia, proporcionando prazer ao cavaleiro e ao cavalo.

Delfinoterapia (Terapia com Golfinhos)

       
        A terapia com golfinhos, também conhecida por delfinoterapia, é uma terapia complementar que utiliza o golfinho (sendo a espécie mais utilizada o golfinho nariz-de-garrafa) como animal co-terapeuta na intervenção com pessoas portadoras de deficiência, quer seja em crianças, adultos ou idosos.
        Apesar de se poder aplicar em qualquer idade, as crianças são o principal alvo deste método de tratamento invulgar, já que para elas, não se trata de um tratamento médico, mas sim de uma simples brincadeira, o que o torna bem sucedido.


        A terapia com golfinhos não passa apenas por nadar com eles. Esta terapia é acompanhada por terapeutas e baseia-se em programas específicos, consoante as dificuldades e patologias de cada indivíduo.
        Existem duas opções para nadar com golfinhos - com golfinhos em cativeiro ou com golfinhos selvagens. Varia de acordo com os centros que realizam a terapia com golfinhos (delfinários), resorts e parques temáticos.

        Sendo os golfinhos animais bastante curiosos, investigam tudo o que lhes pareça diferente, nomeadamente qualquer diferença a nível dos tecidos humanos, isto é, através de ultra-sons, estes incríveis animais conseguem detectar desde cancros a deficiências mentais. Ao emitirem ultra-sons, estes penetram nos tecidos humanos, alterando-os de uma forma positiva, fazendo com que tecidos danificados se regenerem. Para além disto, os ultra-sons, em contacto com o ser humano, fazem com que se produzam endorfinas, substâncias produzidas pela hipófise, que diminuem a dor sentida pelo paciente e facilitam a respiração.
        Os resultados desta terapia são fantásticos, já que crianças que nunca haviam dito uma palavra começaram a falar, e crianças incapacitadas fisicamente puderam, finalmente, andar.

        Na terapia com golfinhos o quadro clínico atendido é muito extenso, incluindo pacientes com depressão até pacientes extremamente incapacitados. Podemos referir as seguintes patologias:
-» Atraso do desenvolvimento;
-» Transtornos de comunicação;
-» Deficiência de aprendizagem;
-» Transtornos de atenção;
-» Doenças genéticas;
-» Doenças auditivas;
-» Depressões;
-» Cancro;
-» Síndrome de Angelman;
-» Síndrome de Rett;
-» Paralisia Cerebral;
-» Síndrome de Down;
-» Autismo;

        Mais recentemente, têm vindo a ser desenvolvidos estudos sobre o efeito desta terapia em grávidas. Os médicos salientam os benefícios que os ultra-sons emitidos, por estes animais, têm sobre os bebés, uma vez que estas emissões ajudam a desenvolver o seu canal auditivo e normalizam o ritmo cardíaco. Para além de todas estas vantagens, também a mãe terá um período de gestação mais calmo e saudável, ao mesmo tempo que se divertem acariciando estes simpáticos animais.

Terapia com Pequenos Animais


        A terapia com pequenos animais é baseada na entrega, às crianças, de mascotes (coelhos, hamsters, porquinhos-da-índia, chinchilas, tartarugas, iguanas, furões, galos, pássaros, entre outros) que se interactuem com elas de modo a poderem sentir, por alguns instantes, a textura, o peso, a cor, os movimentos e os aromas.
        Esta interacção estimula todos os sentidos de forma simultânea, o que provocará uma estimulação nervosa e hormonal (endorfinas).
        Todos estes animais devem estar socialmente e higienicamente preparados para este tipo de terapias.

        Apesar de estar comprovado que os animais podem ajudar o ser humano a ultrapassar muitas das suas doenças e problemas, por vezes essa ajuda pode não resultar por diversos motivos, como por exemplo: o doente não beneficiar em absoluto deste género de técnicas, ter medo ou não confiar no animal, ser alérgico ou simplesmente não depositar expectativas neste tipo de cura.

terça-feira, 30 de março de 2010

Terapia com Peixes

       
        Este é um tipo de terapia um pouco diferente, pois esta TAA não é específica para pessoas com qualquer tipo de doença, mas sim para indivíduos que sofram de Psoríase.

O que é a psoríase?

        A psoríase é uma dermatose frequente, geneticamente determinada, que consiste essencialmente na renovação exagerada da epiderme por multiplicação das células espinhosas. As lesões são, em regra, de contornos bem limitados e localizam-se preferencialmente nas superfícies cutânea e no couro cabeludo. As lesões são em regra assintomáticas, mas quando secas e fissuradas podem ser dolorosas. Quando os efeitos da psoríase se manifestam com grande intensidade pode-se requerer a hospitalização do paciente.
        A Psoríase para além de ser uma doença crónica e persistente tem grandes probabilidades de ser herdada geneticamente, isto é, os pais podem transmiti-la aos filhos. No entanto, esta patologia não é contagiosa.

        A primeira descrição de psoríase é atribuida a Celsus (entre 25 anos a.C. e 45 anos d.C.), mas talvez Hipócrates, 400 anos a.C. já se tenha referido à psoríase sob a designação de psora, termo grego que designa prurido e erupção descamativa. Esta dermatose esteve durante 18 séculos ligada à lepra, sendo os doentes marginalizados. Só a partir de 1840 é que as duas doenças foram verdadeiramente separadas e referidas as características histológicas próprias da psoríase.

        O tratamento desta doença não se limita só a medicamentos, mas também a terapeutas muito específicos: os peixes. Pelo menos é uma forma de diminuir as consequências desta doença. No entanto, esta terapia não é aprovada por todos os médicos e existem divergências quanto à sua eficácia. Esta invulgar terapia ganhou especial divulgação devido às termas paradisíacas onde o tratamento é feito – as termas de Kangal, na Turquia.

Em que consiste esta terapia?


        Cyprinion macrostomus e Garra Rufa são os peixes milagrosos, que têm entre 2 a 10 cm de comprimento, utilizados no tratamento da psoríase.
        Estes peixes, sem dentes, limpam as feridas sem provocar qualquer dor ou ferimentos, tornando a pele macia. É necessário tomar 3 banhos por dia e ficar cerca de duas horas em cada um deles para garantir o melhor resultado. É ainda necessário beber desta água termal de estômago vazio directamente da nascente.
        Este tipo de tratamento não tem quaisquer efeitos secundários e não é necessário tomar qualquer tipo de medicamentos. Esta nascente termal trata, para além da psoríase, outros tipos de doenças de pele, reumatismo, desordens nervosas, fracturas e doenças de rins. A temperatura da água termal está entre os 36-37º, igualando a temperatura do corpo, estando sempre limpa, sem odores e sem sedimentos.

        O vídeo que se segue diz respeito à psoríase. Neste vídeo é explicada o que é a psoríase, mostra algumas imagens e expõe algumas dicas para lidar com a mesma: http://www.youtube.com/watch?v=C7a4gq_3BvU

Cão robot

       
        Os japoneses, sempre inovadores, criaram um cão robot que pode melhorar a comunicação e a interacção com idosos.




        Baptizado de Inud (ou Dream DX Robot Dog), este cão-robot da SegaToys responde a toques, carícias, comandos de voz e até segue o seu dono, como um cão de verdade!
        Ele mexe os olhos, a boca, cabeça, cauda, enfim… Imita perfeitamente os gestos de um cão de carne e osso, de forma bem realista!

        Esta criação possibilitará a presença destes cães-robot nos hospitais, lares de idosos, entre outros, sem qualquer receio destes transmitirem algum tipo de doenças aos pacientes, mas o preço deste cão-robot é muito elevado e além disso, não se sabe se os robot são tão eficientes quanto os animais de verdade na interacção com os pacientes.

        O vídeo que se segue mostra como este cão-robot interage com um ser humano:
http://www.youtube.com/watch?v=_3wBPEDDBTU&feature=player_embedded

Primeiro cão certificado para surdos em Portugal


        Sabias que em Portugal já foi entregue o primeiro cão certificado para surdos?


       Armando e Glória Baltazar, residentes em Valongo, receberam no dia 20 de Abril de 2008 a cadela Lana, raça Pekinois. A cerimónia foi realizada na Quinta do Côvo em Oliveira de Azeméis.


        O primeiro cão para surdos, educado pela Ânimas (Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social), foi entregue a um casal de surdos profundos. De acordo com a presidente da instituição com sede no Porto, Liliana de Sousa, a cadela foi educada durante sete meses.

        Após o treino, a cadela ficou em condições de identificar, chamar, indicar fontes sonoras, como o micro-ondas, a campainha da porta ou um alarme de incêndio.
        Segundo a presidente da Ânimas, os cães para estas funções podem ser de qualquer raça desde que “não tenham menos de sete meses, possuam um temperamento não agressivo e tenham uma sensibilidade auditiva média”.
        O presidente da Associação de Surdos do Porto (ASP), Ângelo Costa, defende que o Estado deve comparticipar “na base das ajudas técnicas” os interessados em adquirir cães de assistência a surdos. “É um passo importante para uma maior autonomia das pessoas surdas, em especial nos locais públicos onde a sinalização - sobretudo a de alarme - ainda é maioritariamente sonora”, salientou o presidente da ASP.


A cadela que “fala” com surdos

        Quando a campainha toca a Lana salta para as pernas dos donos dando sinal que está alguém à porta. Reagindo aos sons da campainha, do alarme de incêndio e do micro-ondas, a cadela avisa, da forma como foi instruída, qual o motivo do seu sobressalto, escreve Fernando Pinho da agência Lusa.
        Lana é o mais fiel amigo de Armando e Glória Baltazar. “Vamos ter uma maior autonomia em todas as nossas actividades, porque a Lana vai dar-nos mais segurança, quer em casa quer nas muitas deslocações que fazemos”, afirma Armando, reformado bancário de 57 anos.
        Educada por Hugo Roby, técnico da Ânimas, a Lana, que já vivia com o casal há dois anos e meio, reúne as características para as novas funções. “Um cão para este tipo de assistência tem que ter um grande equilíbrio auditivo, não se assustando com os sons, mas não lhes ficando indiferente”, explicou o instrutor. Testes de carácter, sensibilidade auditiva e grau de agressividade são fundamentais para seleccionar um cão adequado a este serviço.
        A Lana tem esse perfil e, por isso, “a adaptação está a ser fantástica, pois a cadela é muito inteligente e sensível”, frisou Glória, funcionária de uma instituição bancária de 56 anos.
        Com boletim e certificado, a cadela tem obrigatoriamente que ter um colete com a inscrição “cão de assistência”, o que lhe permite circular em espaços públicos.
        “Estamos imensamente felizes, porque quisemos ser pioneiros e servir de exemplo à comunidade surda”, afirmou Armando Baltazar, esperançado que outros sigam este exemplo e convicto da compreensão da sociedade quanto ao uso destes cães.
        Cerca de um ano após o casal ter contactado a Ânimas através da Associação de Surdos do Porto candidatando-se a ter um animal educado para este tipo de apoio, Armando e Glória Baltazar receberam de braços abertos a Lana, agora já treinada como cão de assistência.

        O vídeo que se segue tem como tema os cães de assistência, sendo também apresentado o caso deste casal: http://www.youtube.com/watch?v=5OvOu4kQqRM

Benefícios da TAA em pacientes com Alzheimer

       
        Um estudo de dezembro de 2003, relizado nos Estados Unidos com 15 portadores de Alzheimer revelou uma surpreendente melhoria na interação social e na agitação dos pacientes com a terapia assistida por animais (TAA).
        Acredita-se que a presença do animal mude o humor e exercite a memória.
        As sessões foram iniciadas com um diálogo com as pesquisadoras, onde foram feitas perguntas aos idosos sobre o encontro anterior, já que se sabe que os pacientes com doença de Alzheimer perdem a memória para factos recentes. De forma surpreendente os pacientes, na maioria das vezes não se recordavam da pesquisadora, mas não se esqueceram dos cães e lembraram-se até mesmo dos seus nomes.


        O acto de lançar uma bola para os animais buscarem já representava uma actividade física importante para os idosos. Os cuidados com os animais, como escovar o pêlo, também ajudaram na fisioterapia e na coordenação motora.
        O trabalho perdurou por um ano e os familiares de alguns pacientes revelaram que estes passaram a cuidar melhor da aparência e apresentavam temperamento mais alegre - facto importante pois a tristeza é uma marca muito grande desta doença.

        Este tipo de terapia apresenta ainda alguma dificuldade de aceitação por parte de alguns médicos, principalmente pelo receio de que a presença de animais nos hospitais possa representar um vector de transmissão de doenças.

TAA auxilia pacientes oncológicos

       
        Actualmente reconhece-se que o contacto com animais tem bastantes benefícios para o ser humano, sendo estes já frequentemente utilizados como apoio em tratamentos médicos, fazendo inclusivamente visitas a hospitais, principalmente nos Estados Unidos.

        Esta actividade terapêutica é designada por Terapia Assistida por Animais (TAA), sendo já identificados muitos dos seus benefícios. Está provado cientificamente que os animais contribuem para o aumento do bem-estar das pessoas que com eles contactam, bem como para a diminuição do stress. Para além disso, têm a capacidade de descontrair o ambiente, melhorando o humor das pessoas: a presença de animais proporciona uma maior tendência para sorrir – tanto às crianças, como aos adultos, o que é benéfico para o seu tratamento pois ‘‘rir’’ enche o sangue de endorfinas (um calmante natural) que, além de amolecer o corpo, fortalece o sistema de defesa do organismo, contribuindo para uma mais rápida recuperação. No entanto, a terapia com animais não promete a cura das doenças, mas promove benefícios físicos e mentais comprovados.

        Também relativamente a pacientes diagnosticados com cancro, o uso desta terapia é benéfica: verifica-se que pacientes de oncologia reduzem o consumo de analgésicos quando submetidos à TAA como terapia complementar do tratamento.

        Os animais mais utilizados são os cães (Golden Retriver e o Labrador), mas no fundo qualquer animal pode ser terapeuta, desde que seja dócil, saudável e bem treinado, não devendo reagir mal face a situações inesperadas.

        Apesar do cepticismo da maior parte das pessoas, a aceitação da TAA por parte da comunidade médica tem vindo a aumentar progressivamente.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um pouco mais … sobre Terapia Assistida por Animais (TAA)

       
        Como já referimos-mos a Terapia Assistida por Animais (TAA) consiste no uso de animais como auxiliadores em diversos tipos de tratamentos, sejam doenças de fundo psicológico, neurológico ou motor.
        Normalmente, existem organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham com a TAA. Mas isso não quer dizer que uma empresa não possa criar uma acção social relacionada à terapia, mantendo uma actividade constante com visitas em asilos, creches, escolas e orfanatos. Essas acções sociais são geralmente conduzidas por grupos de voluntários. São os momentos de alegria das pessoas beneficiadas que pagam o trabalho.

        Segundo um estudo realizado em 2001 pelas enfermeiras Cíntia Kawakami e Cyntia Nakano, para que a TAA seja bem feita, é obrigatória a presença de um médico veterinário responsável. O médico veterinário é parte fundamental da TAA, uma vez que mantém os animais sempre saudáveis, pois sabemos que existe uma grande variedade de doenças transmissíveis ao homem. Além disso, o profissional é capaz de avaliar o comportamento do animal durante a manipulação, evitando assim qualquer acidente ou stress desnecessário para o animal.

Tipos de animais

        Podem ser utilizados todos os tipos de animais que podem entrar em contacto com os seres humanos sem oferecer perigos imediatos, isto porque a TAA funciona muito melhor se os animais que participam puderem ser tocados. Ainda assim, isso não impede que peixes sejam óptimos participantes, assim como os gatos, coelhos, tartarugas, chinchilas, hamsters, furões e pássaros. Até mesmo animais menos convencionais também podem ser muito úteis numa TAA, como a iguana, por exemplo. O cão, ainda é o principal animal utilizado nessas terapias assistidas em razão de sua conhecida afabilidade com as pessoas e por poder ser facilmente educado. O cão é capaz de criar respostas positivas ao toque, possuindo grande aceitação por parte das pessoas.
        É claro que não é qualquer animal, um encontrado na rua por exemplo, que pode ser usado em sessões de TAA. O principal requisito é que estejam com uma saúde plena e com todas as vacinas em dia. Além disso, são escolhidos entre os mais sociáveis com pessoas estranhas e que saibam conviver junto com outros animais sem problemas.
        Também são preferidos animais nem tão jovens e nem tão velhos, pois os jovens podem ser muito afoitos e os velhos cansam-se com mais facilidade.

Benefícios

        Entre os benefícios que se pode obter com a TAA estão:
        -» Exercícios fonoaudiólogos eficientes, pois os pacientes podem chamar os animais ou conversar com eles. Existem casos de pacientes que voltaram a falar com a ajuda da TAA;
        -» Exercícios de coordenação motora, já que acariciar, pentear ou atirar uma bola para que o animal a busque são recorrentes durante a terapia. Isto também ajuda a controlar o stress, diminuir a pressão arterial e até mesmo reduzir os riscos de problemas cardíacos;
         -» Com um animalzinho, o paciente distrai-se tanto que acaba por ter a sua percepção de dor diminuída e mesmo aquela ansiedade possa sentir desaparece;
        -» Estudos mostraram que o convívio com o animal diminui a necessidade de medicamentos e que os pacientes que cuidavam de animais saíam mais cedo dos hospitais que aqueles sem convívio animal;
        -» O nível de endorfina dos pacientes aumenta, reduzindo a depressão;
        -» Amenização do clima pesado de um hospital e diminuição da solidão de pacientes internados, melhorando o humor e o convívio social dos doentes;
        -» Relação médico-paciente mais estreita.

        Os milagres que podem acontecer em qualquer uma das sessões de TAA são mistérios ainda não totalmente desvendados pela ciência. Mas certamente podem explicar muito sobre a relação que o ser humano vem tendo, através dos tempos, com os animais. Uma relação que deve ser sempre baseada em respeito, carinho e amor, para proporcionar alegria e bem-estar a todos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Terapia Assistida por Animais


A Terapia Assistida por Animais (TAA) trata-se de um processo terapêutico no qual um animal é parte integrante do tratamento. As sessões são dirigidas por um profissional de saúde, com objectivos específicos previamente definidos, com a finalidade de promover melhorias no funcionamento físico, social, emocional e cognitivo dos pacientes.
Existem diversas terapias assistidas por animais, tais como:

-» Terapia com Cães (Cinoterapia);
-» Terapia com Cavalos (Hipoterapia, Equitação Terapeutica, Equitação Desportiva Adaptada);
-» Terapia com Golfinhos (Delfinoterapia);
-» Terapia com Peixes;
-» Terapia com pequenos animais (Coelhos, Hamsters, Porquinhos-da-Índia, Aves)
-» Terapia com Burros (Asinoterapia);

Existe ainda a chamada Actividade Assistida por Animais (AAA), que é uma actividade de carácter lúdico, da qual podem advir resultados terapêuticos, recreativos e motivacionais. Não contempla objectivos definidos, as visitas são de conteúdo espontâneo e sem duração definida.

Em ambas (TAA e AAA), o animal é uma influência motivadora que melhora a qualidade do tratamento, sempre e quando sob orientação de um técnico qualificado.

A utilização de animais como parte de um programa terapêutico foi registada pela primeira vez no século IX, na Bélgica, onde pessoas com necessidades especiais foram autorizadas a cuidar de animais domésticos.

No nosso projecto "Amigos Terapeutas" irá constar uma vertente teórica, na qual apresentaremos um trabalho escrito relacionado com as diversas terapias assistidas por animais e um power-point que simbolize todo o nosso percurso durante este projecto.
Na vertente prática iremos centralizar-nos em três terapias, nomeadamente, a Cianoterapia, Hipoterapia e Delfinoterapia.
Assim, realizaremos três eventos: uma acção de sensibilização, em que tentaremos sensibilizar a comunidade escolar para a importância de todos os animais; uma palestra, cujo tema é a Terapia Assistida por Animais e por último uma demonstração da importância de um cão co-terapeuta na vida de uma pessoa invisual ou com outro tipo de problemas.

Achamos essencial que os animais comecem cada vez mais a fazer parte da vida de todos nós e que todos percebamos o grande contributo que eles nos podem dar tanto a nível físico como psicológico.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Durante o 1ºPeríodo...


Elaborámos a planificação do nosso projecto, no qual consta toda a informação que nos levou à escolha deste trabalho e o que queremos atingir com a elaboração do mesmo. Iniciámos o contacto com várias instituições, mas infelizmente não obtivemos muitas respostas. Assim dos contactos que fizemos, conseguimos a colaboração da Terapeuta Paula Caniça, do Centro de Equitação da APCL, que desde já agradecemos toda a sua disponibilidade.
Por último, começámos à procura de informação sobre a Terapia Assistida por Animais, para mais tarde elaborarmos textos que irão fazer parte do nosso trabalho teórico a apresentar no 3ºPeríodo.

Cada vez mais estamos empenhadas em demonstrar à sociedade que os animais são uma grande ajuda na vida de muitas pessoas com diversas patologias.

Márcia e Vânia

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Como tudo começou...


Olá ! Antes de mais, bem-vindos ao nosso blogue.
No início do ano lectivo 2009/2010 foi-nos proposto pela professora de Área de Projecto a realização de um trabalho à nossa escolha para desenvolver durante o recorrer do ano. Assim, formámos um grupo de duas alunas - Márcia e Vânia - com o intuito de desenvolver um projecto que ambas gostássemos.
Depois de iniciar o "brainstorming" chegámos à conclusão que iriamos desenvolver um trabalho relacionado com animais e saúde, visto ser duas áreas do nosso interesse.
Assim, optámos por escolher o tema - A influência da companhia dos animais na saúde humana".
Temos como objectivos:
» Compreender o que é a Terapia Assistida por Animais;
» Identificar a origem da Terapia Assistida por Animais;
» Identificar os vários tipos de Terapia Assistida por Animais;
» Perceber quais as diferenças entre os vários tipos de Terapia Assistida por Animais;
» Perceber de que forma são executadas as várias terapias existentes;
» Identificar as terapias mais utilizadas em Portugal, bem como a sua taxa de sucesso;
» Perceber quais as patologias que a Terapia Assistida por Animais pode melhorar;
» Entender que para cada tipo de terapia são utilizados animais específicos;
» Identificar os aniamais utilizados em cada Terapia Assistida por Animais;
» Distinguir as várias terapias no que diz respeito às probabilidades de cura;
» Identificar as vantagens/desvantagens da Terapia Assistida por Animais;
» Convencer que a medicina alternativa é complementar à medicina moderna.
Esperemos que acompanhem todas as nossas actividades e que a realização deste blogue ajude a divulgar a Terapia Assistida por Animais.